Tag: Estratégia

Simplificando o Homeschooling

Para a grande maioria da população, o Homeschooling (ensino domiciliar) é algo tão estranho e tão radical que sequer é cogitado como uma possibilidade, quiçá como algo que possa ser viável e benéfico. Apesar de ter relevância estatística ainda muito pequena em termos da porcentagem da população que o pratica e/ou advoga, o Homeschooling tem crescido em visibilidade no Brasil. Do ponto de vista mais prático, esse crescimento, ainda que bastante perceptível, ainda esbarra em diversos obstáculos como, por exemplo, a escassez de recursos pedagógicos, a falta de uma cultura e de uma mentalidade favoráveis ao Homeschooling, e até mesmo nas questões legais ou em sua interpretação equivocada. Seria uma tarefa hercúlea tentar escrever algo abrangente e detalhado sobre Homeschooling em formato de artigo. Assim sendo, o objetivo desse artigo é tentar esclarecer os pontos que são mais frequentemente distorcidos ou causa de confusão. Leia mais

O Patinho Feio da Liberdade: Um Novo Olhar Sobre a Propriedade da Terra

PROPRIEDADE SOBRE A TERRA tem sido um problema para liberais clássicos e libertários, senão, para alguns destes, uma fonte de constrangimento. Desde a época de Henry George, há mais de um século, foi acusada muitas vezes como a única instância em economia onde há verdadeiramente um almoço grátis – os proprietários de terras desfrutando um free ride ao coletar rendas por nada fazerem. Isso, se verdadeiro, carrega mais vestígios de um fenômeno político do que de livre mercado – de privilégio ao invés de propriedade.

Ainda assim, falamos em “propriedade” da terra e a compramos e vendemos livremente. O que é ela, então? É uma criatura artificial do estado, uma forma de privilégio imposto, como as licenças de táxi na cidade de Nova York? Ou é propriedade autêntica, uma instituição social anterior e independente de todos os estatutos? Os liberais clássicos tradicionalmente se opõem aos privilégios e defendem a propriedade. No entanto, dada essa ambiguidade, não é de admirar que, com algumas notáveis exceções, eles tiveram pouco a dizer a respeito da propriedade sobre a terra?[1][2] Para ajudar a remediar esta falta de atenção e, com sorte, encorajar os estudiosos a examinarem novamente a propriedade sobre a terra, vou rever algumas razões históricas da sua pobre reputação e, em seguida, ponderar algumas maneiras de pensar a respeito da propriedade sobre a terra que podem ser mais frutíferas.

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Amadurecendo com Murray

A primeira vez que encontrei Murray Rothbard foi no verão de 1985. Eu tinha 35 anos e Murray tinha 59. Durante os próximos dez anos, até a morte prematura de Murray em 1995, eu estaria associado a Murray, primeiro em Nova York e em Las Vegas, na UNLV, em contato mais próximo, imediato e direto do que qualquer outro, exceto sua esposa Joey, é claro.

Tendo agora quase a mesma idade que Murray tinha no momento da sua morte, pensei que era apropriado usar essa ocasião para falar e refletir um pouco sobre o que aprendi durante meus dez anos com Murray.

Eu já era um adulto quando conheci Murray, não apenas no sentido biológico, mas também mental e intelectual, e, no entanto, eu só amadureci quando associado a ele – e eu quero falar sobre essa experiência. Leia mais

Libertarianismo e a Alt Right

Em Busca de uma Estratégia para a Mudança Social

(Discurso proferido no 12º encontro anual da Property and Freedom Society em Bodrum, Turquia, em 17 de Setembro de 2017)

 

Conhecemos o destino dos termos liberal e liberalismo. Eles foram afixados por tantas pessoas diferentes e em tão diferentes posições que perderam todo o seu significado e se tornaram um rótulo vazio e indescritível. O mesmo destino agora está cada vez mais ameaçando os termos “libertário” e “libertarianismo” que foram inventados para recuperar uma parte da precisão conceitual perdida com o desaparecimento dos antigos rótulos. Leia mais

“Quem vigia o vigilante?”: Restringindo o poder soberano usando as comunidades empresariais

O economista Barry Weingast escreveu: “o dilema político fundamental de um sistema econômico é o seguinte: um governo suficientemente forte para assegurar os direitos de propriedade e fazer cumprir contratos também é forte o suficiente para confiscar a riqueza de seus cidadãos”. Leia mais

Ayn Rand era uma libertária?

Ayn Rand foi contra o movimento libertário do seu tempo. Em 1971 ela escreveu:

Para que fique registrado, eu vou repetir o que já disse muitas vezes: eu não vou endossar ou me juntar a nenhum grupo político ou movimento. Mais especificamente, eu desaprovo, não concordo e não tenho conexão com a mais recente aberração de alguns conservadores, os chamados “hippies da direita”, que tentam enganar os mais jovens ou mais descuidados dos meus leitores alegando simultaneamente serem seguidores da minha filosofia e defensores do anarquismo. Qualquer um que proponha essa combinação confessa sua incapacidade de entender ambos. Anarquismo é a noção mais irracional e anti-intelectual ligada ao pensamento concreto*, fora de contexto e adoração de uma minoria do movimento coletivista, ao qual ele pertence.

(N.T. de acordo com a autora, a visão chamada de “concrete-bound” caracteriza-se pela negação das abstrações)

— “Brief Summary,” The Objectivist, Vol. 10, Sep. 1971 Leia mais

Cidades privadas: o futuro da governança é privado

Imagine uma empresa privada que ofereça os serviços básicos de um estado, ou seja, a proteção da vida, da liberdade e da propriedade em um território definido. Você paga um determinado montante por esses serviços ao ano. Seus respectivos direitos e deveres são estabelecidos num acordo escrito entre você e o fornecedor. Para todo o resto, você faz aquilo que quiser. Por conseguinte, você é uma parte contratante em pé de igualdade e com uma situação jurídica assegurada, em vez de um objeto da vontade do governo ou da maioria, em contínua mudança. E você só se torna parte disto se gostar da oferta. Leia mais

A secessão começa em casa

[Este artigo foi adaptado de uma palestra apresentada no Houston Mises Circle, 24 de janeiro de 2015]

Presumivelmente, todos nesta sala, ou todo mundo virtualmente, estão aqui hoje devido a termos algum interesse a respeito de secessão. Você pode ser interessado nela como um conceito abstrato ou como uma possibilidade viável de escapar do governo federal, já que agora os americanos em um número sem precedentes sentem medo e desconfiam dele. Leia mais

A última e completa introdução ao agorismo

O agorismo infelizmente precisa de uma introdução

A contra-economia e o agorismo foram originalmente conceitos conflitantes, forjados no que parecia ser a crescente revolução de 1972-73, e que, pelo contrário, provou ser a última onda. Retórica revolucionária ou não, o agorismo surgiu em uma época e em um contexto onde os slogans exigiam análises extensas publicadas e um constante criticismo dialético entre facções concorrentes altamente comprometidas. Assim, quando a euforia dos “anos 60” [1] diminuiu, junto com as coloridas bandeiras de partidos, escombros e cinzas de ideologias explodidas estavam uma teoria e metodologia forte, brilhante e precisa. Provavelmente a primeira base economicamente equilibrada para uma plataforma revolucionária, o mercado agorista derreteu antes mesmo que pudesse chegar às vitrines. Leia mais

Chegando lá

A maior parte deste trabalho foi dedicada a demonstrar por que razão o anarquismo de mercado é superior tanto do ponto de vista ético quanto econômico a quaisquer possíveis alternativas sociais. Uma vez que a verdade desta perspectiva é estabelecida, a pergunta passa a ser sobre os meios. Como podemos chegar à sociedade libertária que desejamos? É verdade que não existe objetivamente melhor forma de determinar isso – no entanto, ao longo do presente capítulo, serão delineados os métodos que são idealmente mais adequados para alcançar a libertação. Tais métodos serão separados em cinco grandes categorias: agorismo & contra-economia, hacktivismo, educação & divulgação, criação pacífica e a formação de comunidades livres.

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