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A utopia da liberdade: cartas aos socialistas

 

Esta é a tradução de um texto originalmente publicado no Journal des Économistes, vol. 20, no. 82, de 15 de junho de 1848. Todas as notas do texto são de Roderick Long.

 

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Nós somos adversários, contudo buscamos o mesmo objetivo. Qual é o objetivo comum dos economistas e socialistas? Não é uma sociedade em que a produção de todos os bens necessários à manutenção e ao embelezamento da vida seja tão abundante quanto possível, e em que a distribuição desses mesmos bens entre aqueles que os criaram através do trabalho seja tão justa quanto possível? Não pode o nosso ideal comum, à parte de todas as distinções de escolas, ser resumido nessas duas palavras: abundância e justiça? Leia mais

Amadurecendo com Murray

A primeira vez que encontrei Murray Rothbard foi no verão de 1985. Eu tinha 35 anos e Murray tinha 59. Durante os próximos dez anos, até a morte prematura de Murray em 1995, eu estaria associado a Murray, primeiro em Nova York e em Las Vegas, na UNLV, em contato mais próximo, imediato e direto do que qualquer outro, exceto sua esposa Joey, é claro.

Tendo agora quase a mesma idade que Murray tinha no momento da sua morte, pensei que era apropriado usar essa ocasião para falar e refletir um pouco sobre o que aprendi durante meus dez anos com Murray.

Eu já era um adulto quando conheci Murray, não apenas no sentido biológico, mas também mental e intelectual, e, no entanto, eu só amadureci quando associado a ele – e eu quero falar sobre essa experiência. Leia mais

O ataque da família nuclear contra o estado

A família nuclear, definida como um casal monogâmico criando sua descendência mútua, é a primeira e última defesa da propriedade privada e, por extensão, da própria civilização. Infelizmente, o marxismo cultural está progressivamente erodindo esses pilares fundamentais da civilização, tornando-se a maior ameaça ao nosso modo de vida e padrão de vida.

A Revolução Neolítica, conforme descrita por Hans-Hermann Hoppe em A Short History of Man, foi o avanço intelectual humano de maior magnitude. Hoppe elabora: Leia mais

Mises e Hayek desomogeneizados

Um importante fator contribuinte ao ressurgimento da economia austríaca nos anos 1970 foi o aparecimento de alguns artigos que atraíram atenção dos economistas profissionais à distinção da teorização econômica fundada por Carl Menger.[1] Provavelmente o mais influente desses artigos foi escrito pelo eminente estudioso de Walras, William Jaffé, e intitulado “Menger, Jevons and Walras Dehomogenized”.[2] Neste artigo, Jaffé argumenta de forma persuasiva que os três fundadores do marginalismo, cujas contribuições até aquele momento haviam tendido a ser combinadas em uma só devido ao foco exclusivo em sua descoberta simultânea do princípio marginal, cada um iniciou uma distinta e separada tradição de método e análise econômicos. Tomado junto da concessão, em 1974, a F. A. Hayek do Prêmio Nobel em Economia e de conferências acadêmicas sobre economia austríaca realizadas anualmente entre 1974 e 1976, esse artigo e outros mencionados acima ampliaram e reforçaram o reconhecimento e interesse na economia austríaca contemporânea como uma alternativa ao predominante paradigma neoclássico. Leia mais

H. L. Mencken sobre a educação pública

[Nota do Editor: Os seguintes trechos são retirados do Volume XXVIII, Número 110 da THE AMERICAN MERCURY (fevereiro de 1933). Eles apareceram em uma coluna intitulada “O que está acontecendo no mundo”. Mencken começa seus comentários apontando que as despesas do governo com as escolas públicas aumentaram de cerca de 5 dólares por aluno em 1880 para 100 dólares por aluno em 1933 (agora mais do que 12 mil dólares). Ele então questiona o que essas escolas geridas por armas de fogo realizaram. Críticos contemporâneos das escolas públicas apresentam uma visão cada vez mais detalhada de sua história e dos efeitos atuais. Por exemplo, veja o trabalho de Brett Veinotte; a produção de Richard Grove de “Ultimate History Lesson” de John Taylor Gatto ou o site de John. Para o artigo de John, “Por que as escolas não educam”, veja o número 53 do VOLUNTARYIST, página 8, voluntaryist.com]. Leia mais

O Movimento Independentista paulista existe. Você já ouviu falar?

 

[NR.] Esta republicação é da entrevista de janeiro de 2014 que uma de nossas CEOs Luciana Toledo deu à revista pós-moderna VICE sobre o movimento de secessão paulista como representante do Movimento República de São Paulo (MRSP), É importante ressaltar que todos nós do site somos Anarcocapitalistas e é bom entender que esta entrevista, numa grande mídia de viés esquerdista, foi uma porta aberta para o MRSP naquela época. Também vale ressaltar para a maioria dos libertários novos que o que temos atualmente só foi possível por causa dos antigos que buscaram falar aos poucos das ideias libertárias em um “Brasil” completamente estatista e que nós próprios mudamos muitas de nossas visões expressas aqui.

Ela quer separar São Paulo do Brasil

Movimentos de dissidência eclodem Mundo afora, a insatisfação é geral. Não seria diferente, aqui, no Brasil. Em um bate-papo com Luciana Toledo do MRSP (Movimento Republica de São Paulo), a independentista que quer tornar São Paulo um País, fica a pergunta, como? A carta Magna brasileira é clara, os estados que formam o país são indissolúveis. Inspirada pela Revolução Constitucionalista de 32, Luciana fala da insatisfação com o que considera injustiças sistemáticas sofridas e impostas pelo governo Central ao estado de São Paulo. Segundo ela esse descontentamento existe desde quando o Brasil foi inventado. Suas ideias de dissidência geram desconfortos, desconfianças e perseguições, eventualmente é alvo de ataques pessoais, nesse caso compreensível. Essa paulista de 38 anos, com ideias nada convencionais, bem articulada, nascida e criada na Paulicéia, conclama o povo de São Paulo para uma cisão total com Brasília. O sonho de uma República para os paulistas. Uma visão fantasiosa ou realidade plausível. Quem teme o MRSP e sua ideologia de secessão? Leia mais

Lincolnitos Left-libs: Sandefur e a Supremacia federal

Alguns leitores da LRC podem recordar um debate nas páginas da revista Liberty e diversos blogs a respeito do ponto de vista pró-União do advogado libertário Timothy Sandefur sobre a guerra entre os estados. Tudo começou com o artigo de Sandefur “Liberdade e a União, agora e para sempre” de julho 2002, o que suscitou várias críticas libertárias (incluindo minhas). Sandefur respondeu em seu artigo de dezembro de 2002 na LibertyPor que a Secessão era errada”. Alguns libertários devolveram a bola – incluindo eu e Joseph Sobran – e Sandefur postou ainda outra resposta a essas e outras críticas em seu website.

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Sobre ficções legais e libertários a favor de Lincoln: Uma resposta a Sandefur.

Em uma publicação recente no blog, eu critiquei o artigo “Liberdade e a União, agora e pra sempre” de Timothy Sandefur publicado em Julho de 2002 na revista Liberty. Nele, Sandefur argumentou que libertários não poderiam ficar do lado dos Confederados na guerra entre os estados. Em dezembro de 2002, a Liberty trouxe o artigo de Sandefur “Por que a secessão era errada?”, que é a resposta dele a vários libertários que discordaram dele.

O ponto de vista de Sandefur é o de que Lincoln tinha o direito de prosseguir com a Guerra Civil a fim de evitar que os estados do Sul se separassem porque eles não tinham direito constitucional de secessão.

A falácia de Non sequitur

Todo o argumento de Sandefur é um Non sequitur, já que a conclusão  – que os Estados Unidos estavam certos atacando os Confederados – não decorre na afirmação de que os estados não tinham o direito constitucional de secessão. Mesmo se os estados fossem barrados constitucionalmente de se separar (um grande se), não implica que a causa de Lincoln era libertária. Leia mais

O que o governo fez com as nossas famílias?

 

O destino de famílias e crianças na Suécia mostra a verdade da observação de Ludwig von Mises que “nenhum meio-termo” é possível entre capitalismo e socialismo. Aqui eu mostro que o crescimento do estado de bem-estar social pode ser visto como uma transferência da função da “dependência” das famílias para funcionários do estado. O processo começou na Suécia do século XIX, por meio da socialização do tempo econômico das crianças via leis de presença escolar, de trabalho infantil e de aposentadoria. Essas mudanças, por sua vez, criaram incentivos para se ter apenas poucos ou nenhum filho. Nos anos 1930, os social-democratas Gunnar e Alva Myrdal usaram a resultante “crise populacional” para argumentar a favor da completa socialização da criação das crianças. Suas “políticas familiares”, implementadas ao longo dos quarenta anos seguintes, virtualmente destruíram a família autônoma na Suécia, a substituindo por uma “sociedade de clientes” onde os cidadãos são clientes dos funcionários públicos. Enquanto a Suécia está tentando agora fugir da armadilha do estado de bem-estar social, os velhos argumentos para a socialização das crianças têm vindo para os Estados Unidos.

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Montessori, paz e libertarianismo

Entre libertários e austríacos, há um intenso interesse no tópico de como educar as crianças. Obviamente que somos todos aversos à ideia da educação estatal. Isso tem levado muitos libertários a abandonar escolas estatais em favor de escolas particulares ou homeschooling ou até a ideia aparentemente estranha do “unschooling“. Leia mais

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