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Qual a forma correta de se estudar o homem?

[N.T.: Este artigo é a tradução da primeira parte do escrito “The Mantle of Science”, disponível em “Economic Controversies”. Entretanto, a tradução que segue foi publicada no blog do Lew Rockwell com o título do capítulo subsequente, intitulado What is the Proper Way to Study Man?]

Na nossa correta condenação do cientificismo no estudo do homem, não devemos cometer o erro de dispensar a ciência junto com ele, pois se o fizermos, estaremos dando crédito demais ao cientificismo e aceitando a sua alegação superficial de ser o único método científico. Se o cientificismo é, como acreditamos, um método inadequado, então ele não pode ser verdadeiramente científico. Ciência, afinal, significa scientia, conhecimento correto; ela é mais velha e mais sábia do que a tentativa positivista-pragmática de monopolizar o termo. Leia mais

A Narrativa errada em Charlottesville

A violência política em Charlottesville ontem foi tão previsível quanto fútil. Uma pessoa foi morta e dezenas foram gravemente feridas, marcando um novo ponto baixo nas guerras políticas e culturais que estão tão aquecidas como em qualquer momento desde a década de 1960 na América.

Essa implacável politização da cultura americana corroeu a benevolência e inflamou os piores impulsos da sociedade. Antifa e a direita autoritária “alt right” podem representar expressões simplórias de ódio e de medo, mas ambos os grupos são animados inteiramente por política: a percepção de que outros podem impor sua vontade sobre nós politicamente. A única solução duradoura para a violência política é tornar a política menos importante. Leia mais

Desmistificando o estado

Mistificação é o processo pelo qual o lugar comum é elevado ao nível de divino por aqueles que têm um interesse pessoal em sua imunidade à críticas. O governo é o perfeito exemplo de como funciona a mistificação: ele é um grupo de indivíduos organizados com o objetivo de extrair riqueza e exercer poder sobre o povo e recursos em uma área geográfica. Normalmente as pessoas contestam e resistem a ladrões e assaltantes, mas, no caso do governo, elas não fazem isso porque o governo criou uma mística de legitimidade em relação às suas atividades.

“O governo é fundado em opinião,” escreveu William Godwin. “Uma nação deve aprender a respeitar um rei, antes que um rei possa exercer qualquer autoridade sobre ela”. Os governos passados usaram o direito divino dos reis, pelo qual monarcas alegavam a divindade de terem sido nomeados pela lei de Deus, como um meio de incutir respeito. Revolta contra o rei se tornou revolta contra a vontade de Deus. Os governos contemporâneos substituíram isso pela legitimidade derivada de conceitos tais como “democracia”, “igualdade” e “terra natal” ou o “estilo americano”. Tais conceitos patrióticos têm a habilidade de despertar sentimentos de deslumbre reverência na população. Essas reações são engenhosamente canalizadas para apoiar o governo e, por consequência, ajudam a criar a mística de legitimidade da qual os governos necessitam para sobreviver. Leia mais

Lincolnitos Left-libs: Sandefur e a Supremacia federal

Alguns leitores da LRC podem recordar um debate nas páginas da revista Liberty e diversos blogs a respeito do ponto de vista pró-União do advogado libertário Timothy Sandefur sobre a guerra entre os estados. Tudo começou com o artigo de Sandefur “Liberdade e a União, agora e para sempre” de julho 2002, o que suscitou várias críticas libertárias (incluindo minhas). Sandefur respondeu em seu artigo de dezembro de 2002 na LibertyPor que a Secessão era errada”. Alguns libertários devolveram a bola – incluindo eu e Joseph Sobran – e Sandefur postou ainda outra resposta a essas e outras críticas em seu website.

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Sobre ficções legais e libertários a favor de Lincoln: Uma resposta a Sandefur.

Em uma publicação recente no blog, eu critiquei o artigo “Liberdade e a União, agora e pra sempre” de Timothy Sandefur publicado em Julho de 2002 na revista Liberty. Nele, Sandefur argumentou que libertários não poderiam ficar do lado dos Confederados na guerra entre os estados. Em dezembro de 2002, a Liberty trouxe o artigo de Sandefur “Por que a secessão era errada?”, que é a resposta dele a vários libertários que discordaram dele.

O ponto de vista de Sandefur é o de que Lincoln tinha o direito de prosseguir com a Guerra Civil a fim de evitar que os estados do Sul se separassem porque eles não tinham direito constitucional de secessão.

A falácia de Non sequitur

Todo o argumento de Sandefur é um Non sequitur, já que a conclusão  – que os Estados Unidos estavam certos atacando os Confederados – não decorre na afirmação de que os estados não tinham o direito constitucional de secessão. Mesmo se os estados fossem barrados constitucionalmente de se separar (um grande se), não implica que a causa de Lincoln era libertária. Leia mais

O que o governo fez com as nossas famílias?

 

O destino de famílias e crianças na Suécia mostra a verdade da observação de Ludwig von Mises que “nenhum meio-termo” é possível entre capitalismo e socialismo. Aqui eu mostro que o crescimento do estado de bem-estar social pode ser visto como uma transferência da função da “dependência” das famílias para funcionários do estado. O processo começou na Suécia do século XIX, por meio da socialização do tempo econômico das crianças via leis de presença escolar, de trabalho infantil e de aposentadoria. Essas mudanças, por sua vez, criaram incentivos para se ter apenas poucos ou nenhum filho. Nos anos 1930, os social-democratas Gunnar e Alva Myrdal usaram a resultante “crise populacional” para argumentar a favor da completa socialização da criação das crianças. Suas “políticas familiares”, implementadas ao longo dos quarenta anos seguintes, virtualmente destruíram a família autônoma na Suécia, a substituindo por uma “sociedade de clientes” onde os cidadãos são clientes dos funcionários públicos. Enquanto a Suécia está tentando agora fugir da armadilha do estado de bem-estar social, os velhos argumentos para a socialização das crianças têm vindo para os Estados Unidos.

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Mutualismo: uma filosofia para ladrões

O colapso do socialismo-comunismo não apenas deu origem ao notável crescimento do ambientalismo, como uma fuga à hostilidade do capitalismo, mas também a algum crescimento, vastamente menos considerável, obviamente, dos remanescentes do antigo movimento anarquista, que agora ocasionalmente se denomina “libertário” ou “esquerda libertária”. Uma vertente importante desse movimento remanescente é denominada “mutualismo”. E sua filosofia foi recentemente estabelecida em um livro de um tal Kevin Carson, chamado Estudos de Economia Política Mutualista (Fayettville, Arkansas: Auto-publicado, 2004), do qual eu fiz uma resenha na edição atual do Journal of Libertarian Studies.  A parte inicial da minha resenha aparece na postagem de 10 de junho no Mises Institute. Leia mais

Cidades privadas: o futuro da governança é privado

Imagine uma empresa privada que ofereça os serviços básicos de um estado, ou seja, a proteção da vida, da liberdade e da propriedade em um território definido. Você paga um determinado montante por esses serviços ao ano. Seus respectivos direitos e deveres são estabelecidos num acordo escrito entre você e o fornecedor. Para todo o resto, você faz aquilo que quiser. Por conseguinte, você é uma parte contratante em pé de igualdade e com uma situação jurídica assegurada, em vez de um objeto da vontade do governo ou da maioria, em contínua mudança. E você só se torna parte disto se gostar da oferta. Leia mais

Montessori, paz e libertarianismo

Entre libertários e austríacos, há um intenso interesse no tópico de como educar as crianças. Obviamente que somos todos aversos à ideia da educação estatal. Isso tem levado muitos libertários a abandonar escolas estatais em favor de escolas particulares ou homeschooling ou até a ideia aparentemente estranha do “unschooling“. Leia mais

O governo inventou a internet, mas o mercado a tornou gloriosa

Libertários geralmente citam a Internet como um exemplo a favor do argumento de que a liberdade é a mãe da inovação. Os oponentes rapidamente respondem dizendo que a internet foi um programa do governo, demonstrando mais uma vez que os mercados precisam ser guiados pela mão firme do estado. Em certo sentido, os críticos estão certos, embora não da maneira como entendem.

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