[NT.: O sentido religioso do Natal, compartilhado pela tradutora que é cristã, só pode ser proporcionado pela liberdade que é derivada diretamente da propriedade. Não por menos, em muitos países socialistas o Natal não somente não é possível, como também é proibido em alguns. A caridade que Jesus nos ensinou é possível graças a trocas voluntárias sem a coerção estatal e ao fato que nossos valores morais conseguem até mesmo driblar as intervenções criminosas da máfia governamental.]
O Halloween tem um teor socialista. Figuras ameaçadoras não convidadas chegam em sua porta, querem sua propriedade e ameaçam fazer uma “travessura” caso você não ceda. Esta é, resumidamente, a forma que o governo funciona.
O “dia de ação de graças” foi reinterpretado como o homem branco – depois de queimar, estuprar e pilhar os nobres indianos – tentando reparar isso com um jantar barato de peru.
O Ano novo pode ser destruído como o início de um novo ano de imposto e a compreensão de que os próximos cinco ou seis meses vão ser gastos trabalhando pro governo.
E isso é o porquê eu amo o Natal. Até hoje ele permanece como uma celebração da liberdade e da vida privada, bem como uma pausa muito necessária da incessante politização da vida moderna. Esse é o mais capitalista de todos os feriados porque seus prazeres temporais são baseados na propriedade privada, na troca voluntária e no benefício mútuo.
Nas compras natalinas, encontramos lembretes persistentes de programas de caridade que funcionam e um pequeno sinal daqueles que não funcionam – as burocracias de bem-estar social. O “Exército da Salvação”, dispensadores da “Boa vontade” em estacionamentos e caixas lotadas de bons presentes e brinquedos são todos os fundamentos da verdadeira caridade. Essa doação é baseada na vontade ao invés da coerção, o que é a chave para o seu sucesso.
As pessoas reclamam do “consumismo”, mas todas as compras e vendas são direcionadas a encontrar as necessidades dos outros. Até mesmo se o destinatário não der presentes em troca, o doador ainda tem satisfação. É inteiramente perdido o processo político de soma zero ou soma negativa que dá uma propriedade para um grupo em detrimento de outro.
Papai Noel, ao contrário das figuras de Halloween, vem a nossa cama para trazer presentes e benevolência, e nunca toma nada exceto leite e biscoitos. Você não pensaria em esconder suas pratarias dele. Ao contrário dos burocratas do governo, Papai Noel e seus trabalhadores são inteiramente honrados e até mesmo trabalham hora extra para criar presentes que são desejados por milhões de pessoas.
Se o departamento do Trabalho ou a OSHA algum dia chegar a investigar o Pólo Norte, eles provavelmente encontrariam todos os tipos de violações do trabalho: de segurança e de saúde (muito frio), seguro desemprego (será que ele paga?), salário mínimo (há uma exploração aqui?), horas extras (só Deus sabe que eles trabalham longas horas), direitos civis (há algum não-elfo empregado?) e inaptidão (O Papai Noel está adaptando o local para esses pequeninos homens?). Mas o ponto é que todos estão ali de forma voluntária e sem dúvidas consideram ser uma honra e um privilégio.
As árvores de natal são adoráveis de se ver e as fazendas de árvores são o último modelo para a política ambiental. As árvores são colhidas e o solo é replantado para os feriados futuros, um processo dirigido inteiramente pela demanda do mercado. Se sua técnica fosse transferida aos nossos parques e florestas nacionais, poderíamos satisfazer a demanda de madeira, reduzir o preço da madeira e garantir que as árvores sempre sejam valorizadas.
Os cartões de Natal são uma saída para arte atrativa, transmitidos para a massa de maneira que o National Endowment for the Arts nunca conseguiria patrocinar. Os fabricantes de cartões devem satisfazer os consumidores reais, que tem um gosto melhor que os gerentes de programas do NEA.
A desvantagem dos cartões de Natal é que eles têm que viajar para seus destinos via o monopólio estatal de cartas. Todo ano, o monopólio postal avisa raivosamente seus clientes cativos para enviar suas cartas de natal insignificantes com duas semanas de antecedência. Se você é um burocrata postal, não há nada mais irritante que consumidores confundindo seu trabalho com um em que há concorrência.
O que nós fazemos quando é a hora de enviar nossos preciosos pacotes? Nós usamos as transportadoras privadas, que fornecem serviços vantajosos apesar de serem proibidos pela lei de enviar cartas. Essas companhias agradecem nossos negócios e não reclamam o resto do ano sobre o alto volume.
Em algum ponto durante o Natal, a cultura oficial do governo e da mídia – dominada por Obama e Pelosi e os acontecimentos em Washington – desaparecem de vista e podemos deixar de recordar o que é realmente importante: a família, a comunidade, o lar, a tradição, os queridos todas as outras coisas que o governo consegue excluir durante o resto do ano.
Este ano, vamos nos lembrar de apreciar o papel que as instituições capitalistas desempenham ao fazer nossa celebração ainda mais especial. Nem mesmo o governo consegue atrapalhar o espírito do Natal.
Tradução de Larissa Guimarães
Revisão por Bruno Cavalcante
Dale Steinreich
É um economista e associado do Mises Institute.
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